Autor
Autor anónimo
Ano de elaboração (caso não coincida com ano de publicação)
1821
Ano de publicação/impressão
1821
Título completo da obra
Carta do Compadre de Lisboa em Resposta a Outra do Compadre de Belém, ou Juízo Crítico sobre a Opinião Pública Dirigida pelo “Astro da Lusitânia”
Tema principal
Liberdade de Imprensa, Opinião Pública, Ética, Direito e Deontologia do Jornalismo
Local de edição
Lisboa
Editora (ou tipografia, caso não exista editora)
Impressão de Alcobia
Número de páginas
23
Cota na Biblioteca Nacional e eventualmente noutras bibliotecas públicas
Biblioteca: Biblioteca Municipal Pública do Porto
Cotas: P-1-37 (14)
Biblioteca: Biblioteca Nacional
Cotas: F.R. 549
Esboço biográfico sobre o autor ou autores (nascimento, morte, profissão, etc.)
Tal como fora previamente indicado, esta obra é de autor anónimo. No entanto, José Maria Xavier de Araújo afirma que o opúsculo Carta do Compadre de Lisboa em Resposta a Outra do Compadre de Belém, ou Juízo Crítico sobre a Opinião Pública Dirigida pelo “Astro da Lusitânia” é da autoria de Manuel Fernandes Tomás.
Manuel Fernandes Tomás nasceu a 30 de Junho de 1771, na Figueira da Foz e morreu a 19 de Novembro de 1822 em Lisboa. Pertencia a uma família burguesa. Com 20 anos trocou o sacerdócio pela advocacia tendo finalizado o grau de bacharel em Cânones pela Universidade de Coimbra. Da sua biografia fazem parte a fundação do Sinédrio e o facto de ter participado activamente na elaboração das Bases da Constituição da Monarquia Portuguesa.
Índice da obra
[Não tem índice.]
Discussão dos conceitos da análise da carta: pp.2 - 13
Descrição da peça de jornal: pp. 13 - 14
Dependência do Brasil: pp. 14 - 16
Razões para estabelecer a corte em Lisboa: pp. 16
Comparações entre Portugal e Brasil: pp. 17 – 21
Conclusões: pp. 21 – 23
Resumo da obra (linhas mestras)
Esta obra, publicada em 1821, é uma carta escrita para um Compadre de Belém, na qual o autor expõe os seus pontos de vistas relativamente a situação que Portugal viveu na época da Revolução Liberal.
A carta, no seu todo, responde à pergunta elaborada por um dos compadres: “Se o Astro da Lusitânia tem sabido rectificar, e dirigir a opinião pública?” (p. 4). A partir daí, o autor elabora uma carta onde critica a carta que terá sido previamente enviada pelo compadre de Belém ao compadre de Lisboa.
No desenvolvimento da sua crítica, o autor utiliza diversos argumentos que sustentam a sua tese, como o caso da fuga da Regência para o Brasil e os problemas que isso poderia vir a levantar para Portugal, que passava a depender da Corte instalada no Rio de Janeiro, ficando quase na situação de colónia do Brasil.
Sobre jornalismo, a obra enfatiza, essencialmente, as questões ligadas ao papel de condução da opinião pública por parte da imprensa. Todavia, esta questão é conjuntural, já que o aspecto fulcral da obra é discutir sobre, como se disse atrás, o jornal Astro da Lusitânia estava a elucidar o público sobre questões caras aos liberais da época, desde o papel da Igreja na sociedade, à organização do Estado, às colónias e à permanência da Família Real no Brasil.
Para o autor, os jornais conseguiriam dirigir a opinião pública, embora, por vezes, isso provocasse discórdia. De qualquer maneira, o autor diz que os jornais podem contribuir para “conduzir a opinião pública a um mesmo fim”, desde que mostrassem os “verdadeiros interesses” às pessoas (p. 5), funcionando, tal como o jornal Astro da Lusitânia poderia funcionar, como “lanternas”. Assim, indirectamente o autor expressa a sua fé na liberdade de imprensa.
Autor (nome completo): Ana Filipa Teixeira de Sousa
E-mail: Filipa.tsousa@gmail.com