Oliveira, Z. (1956)

OLIVEIRA, Zacarias (1956). A Imprensa Católica. Conferência Lida em Fátima no 1º Encontro nacional da UCIDT.

Autor: OLIVEIRA, Zacarias de

Ano de elaboração (caso não coincida com ano de publicação): 1955

Ano de publicação/impressão: 1956

Título completo da obra: A Imprensa Católica – “Conferência lida em Fátima no 1º Encontro Nacional da UCIDT em 16-X-1955”

Tema principal: Teoria do Jornalismo

Local de edição: Coimbra

Editora (ou tipografia, caso não exista editora): Tipografia da Atlântica

Número de páginas: 25

Cota na Biblioteca Nacional e eventualmente noutras bibliotecas públicas

Biblioteca: Biblioteca Nacional

Cotas: P. 2665 // 1V

Biblioteca: Biblioteca Pública Municipal do Porto

Cotas: K3-6-10-P7-(13)

Índice da obra

I – A IMPRENSA EM GERAL

A imprensa em Portugal: p. 6

O jornalista: p. 6

Fim da imprensa: p. 9

Imprensa especializada: p. 10

Influência da imprensa: p. 11

A sensação em jornalismo – os escândalos: p. 12

Jornalismo e literatura: p. 12

A imprensa em Portugal: p. 13

II – A IMPRENSA CATÓLICA

Finalidade da imprensa católica: p. 15

Dificuldades: p. 16

Importância da imprensa católica: p. 17

Aspectos da imprensa católica: p. 18

III – A IMPRENSA CATÓLICA EM GERAL

Panorama: p. 19

Penetração e leitura: p. 20

Dizem os leitores: p. 21

Dizem os jornais: p. 22

Soluções: p. 23

Resumo da obra (linhas mestras)

Este é um livro da autoria de Zacarias Oliveira que trata vários aspectos da imprensa católica. Na primeira parte do livro são abordados aspectos da imprensa em geral. Refere o autor que, para ele, assim como para a maior parte das pessoas, os jornais têm grande importância, uma vez que “os jornais entraram no lugar comum da existência. Influenciam, esclarecem, orientam, determinam”. Alguns factos importantes da história da comunicação são referido neste livro, como a descoberta na China, em 1900, de um livro impresso datando de 868 da nossa era e de ter sido em Leiria que se estabeleceu pela primeira vez em Portugal “uma imprensa rudimentar”.

Numa caracterização do jornalista (p. 6), o autor afirma que este é “um ser de excepção”, porque “é um homem marcado pela inquietação da verdade, pela beleza que ele não descobre” e porque “é um especialista da verdade e do bom senso”. Alguns fins da imprensa são, segundo o livro, “calar a nossa curiosidade”, “vencer distâncias e aproximar os homens”. Nas páginas 10 e 11, o livro fala sobre vários tipos de imprensa especializada que existem (futebol, cinema, turismo, etc.) e sobre a grande influência que a imprensa exerce nas pessoas, alterando as suas ideias e opiniões. Factos como a grande importância que os escândalos ou “bisbilhotices” têm no poder de venda dos jornais (p. 12) e a existência de uma grande variedade de imprensa em Portugal (p. 17), são também referidos neste livro.

A segunda parte do livro aborda em profundidade a imprensa católica. Afirma o autor que a “instrução e formação de mentalidades católicas”, assim como a “apresentação de exemplos de vida católica em letra redonda”, são objectivos deste tipo de imprensa (p. 15). As dificuldades sentidas por este tipo de imprensa, como “possuir contra si todas as forças que se organizam para combater a Igreja”, e a sua importância, por através dela que se adquirir cultura, são também referidas pelo autor (p. 16 e 17).

A terceira e última parte do livro começa com um panorama sobre a imprensa católica (p. 19), onde o autor afirma que o número de jornais e publicações de orientação editorial católica é “grande”, e que a imprensa católica se deve “dedicar a tudo o que preocupa o homem”. Para ele, essa imprensa não melhoraria devido à falta de leitores, que a considerariam “maçadora, horrível” e com uma pobre apresentação gráfica (p. 21). Opiniões estas que os jornais católicos recusam, ao afirmarem que os leitores não possuem “mentalidade e formação católicas”, e que são católicos de “fachada”. Assim, haveria uma discrepância entre o que os leitores desejam na imprensa católica e aquilo que os responsáveis editoriais por esta estariam dispostos a dar aos primeiros.

Para terminar, o autor refere várias soluções para este problema , como sejam tornar o então diário Novidades num jornal dirigido às elites católicas e permitir a aparição de um outro jornal católico para o público menos exigente. De qualquer maneira, segundo Zacarias de Oliveira, a responsabilidade pelo estado da situação em que então vivia a imprensa católica portuguesa era “de todo o católico”, sendo necessário unir as vontades “num desejo positivo de mais e melhor” e levar os católicos a perceber que teriam alguma coisa a lucrar “numa vida em comum com as publicações católicas”.

Autor (nome completo): Hugo André Guedes de Castro

E-mail: 18545@ufp.pt