Pereira, J. (1960)
PEREIRA, Joaquim Acúrcio (1960). Homenagem a Eduardo de Noronha.
Autor(es): PEREIRA, Joaquim Acúrcio
Ano de elaboração (caso não coincida com ano de publicação)
Ano de publicação/impressão: 1960
Título completo da obra: Homenagem a Eduardo de Noronha
Tema principal: Personalidades
Local de edição: Lisboa
Editora (ou tipografia, caso não exista editora): Revista Municipal (nº27)
Número de páginas: 19
Cota na Biblioteca Nacional e eventualmente noutras bibliotecas públicas
Biblioteca: Biblioteca Nacional
Cotas: HG 21670 V
Biblioteca: Biblioteca Pública Municipal do Porto
Cotas: y7-11-17 (27) VP
Esboço biográfico sobre o autor ou autores (nascimento, morte, profissão, etc.)
Eduardo de Noronha nasceu em Lisboa, em 1860 e faleceu em 1948 aos 88 anos de idade. Escritor e jornalista prolífero, autor de mais de cem obras, foi secretário da redacção do jornal Novidades e colaborou com outros periódicos como Tarde, Tribuna e Diário de Notícias. A carreira militar de Eduardo de Noronha, iniciada aos 20 anos, foi um marco decisivo para a sua experiência enquanto cidadão, mas distinguiu-se, sobretudo, como cronista das campanhas militares onde participou. O casamento com Manuela, de quem teve seis filhos, proporcionou-lhe o equilíbrio doméstico que lhe permitiu uma carreira brilhante no jornalismo. Para homenagear a sua vida e obra, a Câmara Municipal de Lisboa descerrou uma lápide comemorativa no centenário do seu nascimento, em 1948.
Índice da obra
Introdução à cerimónia de homenagem: p. 5
Texto do discurso sobre a homenagem ao pelo brigadeiro França Borges: pp. 5-6
Texto do discurso sobre a vida e obra de Eduardo de Noronha pelo jornalista Acúrcio Pereira: pp. 6-13
Palavras finais de agradecimentos do filho Mário de Noronha: pp. 13-14
Resumo da obra (linhas mestras)
Esta obra é relato da homenagem promovida pela Câmara Municipal de Lisboa ao jornalista e combatente no Ultramar Eduardo de Noronha, que marcou a vida de Lisboa na primeira metade do séc. XX. A homenagem decorreu por altura do centenário do seu nascimento, a 26 de Outubro de 1960. Uma lápide comemorativa desta homenagem foi colocada na casa onde viveu e veio a falecer. Seguiram-se os discursos evocativos da figura de Eduardo de Noronha. A primeira evocação foi feita pelo brigadeiro França Borges, que elogiou o desempenho de Noronha enquanto combatente nas diversas campanhas para onde esteve destacado. Exerceu ainda vários cargos administrativos, com louvor, como o de secretário do Governo de Lourenço Marques.
Seguiu-se o discurso do jornalista Acúrcio Pereira, que destacou a vida e obra de Eduardo de Noronha enquanto homem de letras e, sobretudo, jornalista “prolífero” e “eclético”. A figura do homenageado, que se impunha, igualmente, pelo seu porte e elegância na Lisboa de então, foi também destacada. Acúrcio Pereira não deixou de salientar o quanto a experiência do jovem soldado, combatente no Ultramar, influenciou e marcou a sua obra. As experiências vividas em primeira-mão deram origem a relatos vívidos dos acontecimentos por que passara, mas serviram, igualmente, para diversas crónicas, historiografias, memórias e até romances. Segundo Acúrcio Pereira, Eduardo de Noronha produziu mais de cem obras, com “energia inesgotável” e uma “memória invejável”. Para Pereira, o “talento” e “capacidade de trabalho” de Noronha colocaram-no à frente da redacção do jornal Novidades fundado por Emídio Navarro e Barbosa Cohen e onde outros “ilustres contemporâneos” colaboraram.
Acúrcio Pereira relembra que Eduardo Noronha era um jornalista com interesses em vários campos. A vida cultural, nomeadamente o teatro, detinha a sua atenção. As suas críticas faziam parte integrante de periódicos como Tarde, Tribuna e Diário de Notícias.
O autor da homenagem à personalidade e obra de Eduardo Noronha, não deixa de fazer referência à esposa, Manuela, e aos filhos de Noronha, dizendo que esta dedicou ao marido a sua vida, alimentando uma vida doméstica “repleta de serenidade”.
Autor (nome completo): Maria Adelaide Oliveira van Schoor
E-mail: maria.oliveira.vs@hotmail.com