Sacadura, C. (1945)

SACADURA, Costa (1945). Facetas do Jornalismo Médico Português.

Autor: SACADURA, Costa

Ano de elaboração (caso não coincida com ano de publicação)

Ano de publicação/impressão: 1945

Título completo da obra: Facetas do Jornalismo Médico Português

Tema principal: Conjuntura Jornalística

Local de edição: Lisboa

Editora (ou tipografia, caso não exista editora): Imprensa Médica

Número de páginas: 32

Cota na Biblioteca Nacional e eventualmente noutras bibliotecas públicas

Cota na Biblioteca Nacional: S. A. 14512//11 V.

Cota na Biblioteca Municipal do Porto: S2-6-128

Esboço biográfico sobre o autor

Sebastião Cabral da Costa Sacadura foi professor catedrático da Faculdade de Medicina de Lisboa. Nasceu no concelho de Mangualde, a 17 de Julho de 1872. Formou-se na antiga Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, em 1898. Desempenhou vários cargos de chefia em diferentes clínicas e hospitais. Foi também professor catedrático até 1943. Fez parte de numerosas comissões de reforma do ensino de obstetrícia, puericultura e enfermagem, sanidade escolar e educação física.

Em 1902, instituiu a primeira consulta pré-natal portuguesa. Promoveu, participou e distinguiu-se em vários congressos e seminários e recebeu várias condecorações, entre outras, as de oficial e comendador da Ordem de Santiago de Espada e comendador da Ordem de Instrução Pública.

Chefiou, ainda, a direcção do Arquivo de Obstetrícia e Ginecologia e foi redactor no Jornal das Sociedades Médicas, no Portugal Médico e na Imprensa Médica.

Índice da obra

[Não tem índice]

Resumo da obra (linhas mestras)

O autor, Sebastião Costa Sacadura, apresenta neste texto uma compilação dos periódicos que foram exibidos na “exposição notável de Periódicos Portugueses de Medicina e de Ciências Subsidiárias, que o Instituto para a Alta Cultura entendeu (…) promover.” (p. 3)

O primeiro jornal médico português a merecer a atenção do autor é o “Zodíaco Lusitano, aparecido há 196 anos – em Janeiro de 1749. Foi ele da iniciativa de Manuel Gomes de Lima (…), médico nortenho, exercendo a sua actividade no Porto.” (p. 6) O autor, não só faz um resumo das obras publicadas por esse médico, como também relembra o percurso profissional do mesmo, para que melhor se perceba a sua influência no meio jornalístico médico.

Dos jornais às revistas, Costa Sacadura aponta o Jornal das Ciências Médicas de Lisboa, lançado em 1835, como “a mais antiga revista [médica] que se publica em Portugal” (p. 16). Ao longo de 110 anos, esta publicação médica narra, segundo o autor, a evolução da ciência e da literatura médicas portuguesas.

Seguidamente, o autor expõe um esboço biográfico e bibliográfico daquele que para ele representa “o maior de todos [os jornalistas médicos] – Bernardino António Gomes”. (p. 18) Ele foi fundador do Jornal da Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa e um dos grandes vultos da história do jornalismo médico.

Outros periódicos e seus fundadores são analisados à mesma luz que os anteriores, tais como a revista Medicina Contemporânea, mas também são analisadas as polémicas entre colegas de profissão que se atacavam nos jornais e “esqueciam os preceitos da deontologia profissional, que impõem o dever de todo o médico respeitar os seus colegas”. (p. 22) Esta luta verbal acabou por originar a publicação de diversos folhetos anónimos, reflexo dessas diferenças entre médicos jornalistas. Segundo Costa Sacadura, os próprios jornais abrigavam e alimentavam essas polémicas.

No final, Sebastião Costa Sacadura descreve toda a bibliografia de Manuel Gomes de Lima, que ele considera ter sido o primeiro jornalista médico português.

Nome do autor da ficha bibliográfica: Nair Silva

E-mail: nair.silva@gmail.com