Velloso, R. (1911)
VELLOSO, Rodrigo (1911). Jornalistas Portugueses IV. Barbosa Collen.
Autor(es): VELLOSO, Rodrigo
Ano de publicação/impressão: 1911
Título completo da obra: Jornalistas Portugueses: Barbosa Collen
Tema PRINCIPAL: Jornalistas e vida profissional
Local de edição: Famalicão
Tipografia: Minerva
Número de páginas: 22
Cota na Biblioteca Nacional e noutras bibliotecas públicas
Cota na Biblioteca Pública Municipal do Porto: A4 – 6 – 61
Esboço biográfico sobre o autor
Rodrigo Velloso nasceu em 1839 e faleceu em 1913
Índice
[Não tem índice)
Introdução biográfica sobre o próprio autor
Apresentação de Barbosa Collen
Sucessão de Barbosa Collen a Emídio Navarro à frente do jornal Novidades
Resumo da obra (linhas mestras)
Rodrigo Velloso dedica a primeira parte do seu livro a falar um pouco da sua própria vida. Dá-nos a conhecer que desde muito cedo se apaixonou pelos livros, principalmente pelos da “verdadeira literatura” (p. 5). Sente que com um bom livro pode “aspirar e sentir” (p. 6), mostrando que a leitura é indispensável.
Afirmando-se um pouco leigo em relação à imprensa periódica, Rodrigo Velloso não deixa de a explorar no intuito “de compreender qual poderia ser a sua influencia sobre a sociedade, sua evolução e modo de ser” (p. 7). O autor diz que sempre considerou a imprensa como o quinto poder do Estado, contudo afirma que se a imprensa cumprisse a verdadeira missão que lhe compete se tornaria o primeiro poder no que respeita ao norteamento da sociedade, “e o mais bem aceite e o mais fervorosamente acatado” (p. 7)
Para o autor, a imprensa só se preocupa com a quantidade e não com a qualidade dos seus artigos, salientando que “os jornaleiros da imprensa”( p.8) trabalham apenas como profissionais à espera do salário, sendo “diminutíssimo o número dos que se consagram não só como profissionais (…) mas ainda (…) professando em seus escritos a boa doutrina, lições proveitosas para a instrução e educação do povo” (p.8). De facto, para Velloso, o exercício do jornalismo é um “sacerdócio” (p. 8).
Para Rodrigo Velloso, as ciências sociais deveriam estar na base de qualquer trabalho jornalístico, para que este fosse “desprendido de afeições e paixões e isento de conveniências e interesses (…), obedecendo em seus juízos à voz da própria consciência e às leis reguladoras do mundo social” (p. 10). Para o autor, pouquíssimos são os bons jornalistas, mas Barbosa Collen seria um óptimo jornalista.
Pode considerar-se o segundo capítulo como sendo uma biografia de um jornalista que Rodrigo Velloso considera dos melhores: Barbosa Collen. Para o autor, Barbosa Collen “entre os jornalistas portugueses da actualidade ocupa um dos primeiros lugares” (p.13).
Barbosa Collen é apresentado como director e redactor principal Novidades, tendo sucedido a Emídio Navarro.
Velloso acredita mesmo que não houve melhor substituto para Navarro: “a confiança assim posta nos predicados que se dão no Sr. Barbosa Collen e o enaltecem, radicada no ânimo de Emídio Navarro” (p.14).
Com Collen, diz Rodrigo Velloso, o Novidades manteve-se sempre fiel aos princípios e qualidades defendidos por Navarro, “mas ainda tem conseguido alargar a área da sua acção, com sucessivo e extraordinário aumento da sua tiragem e difusão” (p.14).
O autor refere então, a propósito, que não é fácil ser-se um bom jornalista e que para o ser é necessário seguir as suas leis, como uma espécie de sacerdócio.
A respeito de Barbosa Collen, Rodrigo Velloso diz que “valia só por si uma legião”. Como adversário era “temível e fulminador, valendo por um exército ”. Ainda característica de Barbosa Collen, na visão de Rodrigo Velloso, era uma “indomável coragem”. Collen tinha ainda, de acordo com Velloso, o poder de “manusear a ironia”, revestindo-a de várias formas, pelo que o compara ao escritor inglês Thackeray.
Intitula Rodrigo Velloso o perfil de Collen como sendo a tela de Taine, frisada pela ironia de Thackeray.
Nome completo do autor da ficha bibliográfica: Susana Pedreira Pedra
E-mail: susana_pedra@hotmail.com