Cunha, A. (1914)

CUNHA, Alfredo (1914). O Diário de Notícias. A Sua Fundação e os Seus Fundadores.

Autor

CUNHA, Alfredo da

Ano de elaboração (caso não coincida com ano de publicação)

Ano de publicação/impressão

1914

Título completo da obra

O Diário de Notícias, a sua Fundação e os seus Fundadores

Tema principal:

História do Jornalismo

Local de edição

Lisboa

Editora (ou tipografia, caso não exista editora)

Diário de Notícias

Número de páginas

285

Cota na Biblioteca Nacional e eventualmente noutras bibliotecas públicas

Biblioteca: Biblioteca Nacional

Cotas: HG 2830 A

Biblioteca: Biblioteca Pública Municipal do Porto

Cotas: S5-9-66

Esboço biográfico sobre o autor ou autores (nascimento, morte, profissão, etc.)

Alfredo da Cunha nasceu em 1863 e era natural do concelho do Fundão. Exerceu o cargo de director do Diário de Notícias, tendo a determinado momento casado com a filha do fundador do jornal, D. Adelaide da Cunha. Para além da sua actividade jornalística, Alfredo da Cunha realizou também vários estudos sobre história do jornalismo português, tendo-se dedicado essencialmente à sua génese. Faleceu em 1942.

Índice da obra

Prefácio: IX

O Diário de Notícias: p. 1

Thomaz Quintino Antunes, conde de S. Marçal: p. 75

A Tipografia Universal: p. 93

Eduardo Coelho: p. 105

Introdução: p. 107

Juízos Críticos: p. 113

1835-1854: p. 115

1854-1857: p. 125

1858-1865: p. 132

1865-1889: p. 143

Homenagens póstumas: p. 187

O monumento: p. 195

A homenagem do Diário de Notícias: p. 215

Resenha Biográfica: p. 221

Efemérides do Diário de Notícias: p. 227

Brindes aos senhores assinantes do Diário de Notícias: p. 234

Diário de Notícias ilustrado: p. 237

NOTAS FINAIS: p. 241

A-O Petit-Journal lisbonense: p. 243

B-A fundação do Diário de Notícias: p. 244

C-Pactos sociais: p. 248

D-Comemoração do 4º. Centenário do descobrimento da Índia: p. 249

E-Sousa Viterbo e o livro Cem artigos de jornal: p. 250

F-Os precursores do Diário de Notícias: p. 253

As primeiras Gazetas: p. 257

G-O Grátis e outros antigos jornais de anúncios: p. 264

H-Mistério da Estrada de Cintra: p. 267

I-Pessoal do Diário de Notícias: p. 270

J-Eduardo Coelho, casa e data em que nasceu: p. 273

L-Distribuição gratuita, pelas escolas da 2ª. edição do presente livro: p. 274

M-Solidariedade Jornalística: p. 275

N-Interrupção na publicação do Diário de Notícias: p. 278

A IMPRENSA PERIÓDICA EM PORTUGAL – Breve memória apresentada ao quinto Congresso Internacional da Imprensa, em Lisboa: p. 281

Resumo da obra (linhas mestras)

A obra em questão destinou-se a comemorar o cinquentenário da fundação do Diário de Notícias, de Lisboa, tendo sido escrita por Alfredo da Cunha, director da Fundação, em homenagem à memória dos fundadores e colaboradores falecidos, bem como aos cooperadores actuais (em 1914) do jornal. No prólogo, Alfredo da Cunha dá-nos elementos importantes acerca da conduta e dos valores que o Diário de Noticias defendeu desde o princípio.

O Diário de Notícias apresentou-se com a obrigação de “respeitar e observar o singelo programa” que os seus fundadores, Eduardo Coelho e Thomaz Quintino Antunes, lhes estatuíram. Este jornal e os seus dirigentes sempre reivindicaram para si o direito de se conservarem alheados de artimanhas ou conjunturas de partidos e superiores, “às paixões que se debatem nas arenas dos partidos”. Criado, diz Cunha, principalmente para prestar serviços que nada têm a ver com os de ordem política, para educar as classes menos ilustradas, auxiliar os desprotegidos da fortuna, estimular as forças produtoras da nação, ou seja, ser um instrumento de beneficência e um elemento de regeneração de costumes e de propaganda útil e civilizadora, este jornal não ambicionava nada mais. Em vez de ter sido “um portador de guerra e um fomentador de discórdia”, o Diário de Noticias procurava exercer, dentro dos limites da sua influência, uma acção de paz. “Fiel às suas regras de moderação e de benevolência, nunca estimulou as paixões populares contra as pessoas que mantinham a ordem e os depositários do poder”, embora muitas vezes tivesse motivos suficientes para censurar, e efectivamente censurasse o poder e as autoridades por não corresponderem como deviam às aspirações e legítimos interesses do povo. Quanto à forma de desempenhar o seu papel de jornal moderno e de corresponder à simpatia e confiança de quem o lia, “apenas se esforçava por evitar a justiça da censura, apenas procurava não incorrer nas faltas explicativas da proibição aplicada aos periódicos da época pela pouca verdade de muitos e o estilo de todos”.

Segundo Alfredo da Cunha, o fundador do DN, Eduardo Coelho, foi quem, em Portugal, intentou “com mais fé, planeou com melhor critério e realizou com mais êxito a criação de um jornal popular, noticioso, instrutivo e moralizador, imparcial e sem dependências financeiras ou políticas, acessível literalmente a todas as inteligências e pecuniariamente a todas as carteiras”. Eduardo Coelho concorreu para a fundação do DN, elogia Cunha, com o seu trabalho “infatigável”, e Thomaz Quintino Antunes com as “forças do seu modesto capital, para lançar à publicidade, entre a natural ansiedade dos seus fundadores, a indiferença de um público sem o hábito da leitura, e a desatenção dos sacerdotes da literatura e do jornalismo, no dia 29 de Dezembro de 1864, o “número-programa” do Diário de Notícias”. De acordo com a empresa, cita Alfredo da Cunha, o Diário de Notícias anunciava-se como “uma compilação cuidadosa de todas as notícias do dia, de todos os países e de todas as especialidades, ou seja, um noticiário universal. Em estilo fácil e com a maior concisão, informará o leitor de todas as ocorrências interessantes, assim de Portugal como das demais nações, reproduzindo à última hora, todas as novidades políticas, científicas, artísticas, literárias comerciais, industriais, agrícolas, criminais e estatísticas. Não discute políticas, nem sustenta polémica. Regista com a possível verdade todos os acontecimentos, deixando ao leitor, quaisquer que sejam os seus princípios e opiniões, comentá-los como melhor lhes parecesse. Escrito em linguagem decente e urbana, as suas colunas são absolutamente vedadas à exposição dos actos da vida particular dos cidadãos, às injúrias e às alusões desonestas. É pois um jornal de todos e para todos, para os pobres e ricos, de ambos os sexos e de todas as condições, classes e partidos.”

Alfredo da Cunha diz que a prodigiosa actividade desenvolvida para que em nada o jornal faltasse aos compromissos contraídos, sem demora determinaram um tal crescendo de aceitação e de simpatia que, pelo fim do primeiro ano de publicação, o Diário de Notícias tinha elevado a sua tiragem de 5000 exemplares, no princípio, para 9.600 exemplares por dia. Ou seja, o autor explica que em pouco mais de um ano o DN quase duplicou a tiragem, triplicando ainda o número dos seus anunciantes e vendedores. Quase simultaneamente, o seu formato foi ampliado para o dobro do inicial.

Para avaliar o sucesso da nova forma de fazer jornalismo introduzida pelo DN em Portugal, pode salientar-se que mês e meio depois da fundação do Diário de Notícias, uma folha de Lisboa tomava como título suplementar o de “Jornal de Notícias”, facilmente confundível com aquele, adoptando ainda idêntico programa, formato semelhante e idêntica forma de venda.

Alfredo da Cunha também não desvaloriza o facto de simultaneamente serem lançadas contra o Diário de Notícias falsidades de toda a ordem, por parte dos que pretendiam viver à sombra dos seus créditos e desconceituá-lo na opinião do público. No entanto, o autor sublinha o facto de que ninguém mais do que Eduardo Coelho, e nenhum jornal tanto como o Diário de Notícias, “souberam penetrar-se na máxima sensatíssima defendida na época, o ser imparcial”. O autor refere alguns aspectos significativos da «Tipografia Universal», da propriedade de Thomaz Quintino Antunes, um dos grandes impulsionadores deste diário de referência da época. Alfredo da Cunha salienta que durante o seu percurso a Tipografia Universal foi adquirindo máquinas e utensílios aperfeiçoados para composição, estereotipagem e impressão, quer de livros, quer de jornais e, especialmente do Diário de Notícias que, a partir de Março de 1900 passou a ser estereotipado e a imprimir-se em máquinas rotativas de grandes tiragens.

Numa fase seguinte do seu livro, Alfredo da Cunha dedica cerca de 40 páginas a Eduardo Coelho. Essa homenagem inicia com um breve, mas completo texto sobre alguns factos da personalidade de Eduardo Coelho, da sua vida e daquilo que durante alguns anos a rodeou. Posteriormente existem uma série de “juízos críticos” reproduzidos no Diário de Notícias a 29 de Dezembro de 1904, dos quais constam testemunhos de várias individualidades como Oliveira Martins, Júlio César Machado, Pinheiro Chagas e Trindade Coelho, entre outros. Todos os testemunhos salientam factos da pessoa que era Eduardo Coelho e de todo o trabalho que fez, não havendo criticas nem defeitos a apontar-lhe. “Filho de João Gaspar Coelho, que fora amigo e companheiro de muitos dos homens públicos que mais importante papel desempenharam nas lutas da liberdade travadas no segundo quartel deste século, José Eduardo Coelho deixou uma pequena biografia do seu pai”. Alfredo da Cunha incluiu assim no seu livro uma biografia que Eduardo Coelho fez de seu pai, João Gaspar Coelho, cingindo-se para isso diferentes etapas da sua vida, retratando também um pouco da sua própria biografia, dando a conhecer aspectos sobre a sua pessoa, alguns dos seus feitos, bem como certos episódios curiosos da sua vida e dos factos que a rodeavam, respectivamente, a evolução da imprensa por exemplo. No final do discurso de Eduardo Coelho, Alfredo da Cunha explica: “A vida de tipógrafo mais havia acentuado ainda em Eduardo Coelho a sua irresistível tendência para as letras, que nunca abandonara de todo, e a que resolveu por fim entregar-se exclusivamente, sem que o amedrontassem os reveses das primeiras tentativas”. Alfredo da Cunha descreve o fundador do Diário de Notícias como sendo um “escritor de estilo simples e de expressão claríssima, coração aberto a todas as acções generosas, entusiasticamente apaixonado, como jornalista, pela sua profissão e pela sua classe, e como patriota, pelos progressos e pelas legítimas glórias da sua pátria”. As palavras são da autoria de Alfredo da Cunha, mas o sentido que cada uma comporta era defendido por si e por várias outras individualidades que partilhavam da mesma ideia. Sendo por isso esta definição, como que o grito da nação sobre este ser humano. Da mesma opinião só não eram os seus opositores, quer políticos quer profissionais, e que acima de tudo viam na personalidade de Eduardo Coelho, uma ameaça. Alfredo da Cunha diz: “Manteve-se sempre jornalista, na genuína e mais levantada acepção da palavra, não querendo nem procurando cargos que o desviassem da missão a que se impusera e, aceitando unicamente aqueles que, sem lançarem sobre os seus intuitos a mais ligeira suspeição de parcialidade – porque nunca desempenhou funções públicas remuneradas – lhe não dessem proveito, directo ou indirecto, a ele próprio, mas o dessem ao país que servia”. Alfredo da Cunha chega mesmo a ir mais longe nas suas observações sobre Eduardo Coelho. O autor diz: “Escritor propagandista, ora inspirando-se nos quadros mais gloriosos da nossa história, ora tratando assuntos que mais directamente importava, à prosperidade do país e à ilustração do povo, os seus romances, os seus contos, as suas cartas de viagem encerram sempre ensinamentos proveitosos e revelam todos um elevado intuito moralizador e educativo”.

O autor explica que foi a partir de 1886 que uma doença pertinaz e irremediável se apoderou de Eduardo Coelho tendo-o obrigado a abandonar a vida activa que até então levara. “Passou a ser raras vezes visto em público e já pouco escrevia pelo seu próprio punho, limitando-se a ditar os artigos que quotidianamente apareciam no Diário de Notícias, e de que o último fora publicado no próprio dia da sua morte”. Alfredo da Cunha refere o facto da morte de Eduardo Coelho ter sido uma “lúgubre surpresa” no seio de toda a população da capital. “Durante mais de dois meses, o Diário de Notícias teve de conservar aberta uma secção especial, em que, sob o título de «Homenagens a Eduardo Coelho», dava conta do modo como a imprensa e as corporações do país, desde a câmara municipal da primeira cidade do reino, até à mais humilde associação popular, manifestavam o sentimento profundo que lhes causara o doloroso acontecimento”. O autor salienta que cada jornal que publicava a notícia, fosse monárquico ou republicano, conservador ou revolucionário, apontava ao mesmo tempo uma virtude e punha em relevo uma qualidade eminente, uma acção generosa de Eduardo Coelho.

Numa fase seguinte o autor refere algumas, das muitas homenagens póstumas, quer individuais, quer colectivas, que após a sua morte foram prestadas à sua memória. Entre outras coisas podem destacar-se por exemplo gravuras, bustos e ainda um monumento que fora colocado na Alameda de S. Pedro de Alcântara, em Lisboa, referiu Alfredo da Cunha, ressalvando que este fora um passo apreciado e elogiado por muitos ilustres da época. “Aos milhares de pessoas que assistiram à cerimónia da inauguração do monumento a Eduardo Coelho, haveria ainda a acrescentar as muitas que, por não poderem assistir à solenidade, enviaram telegramas e cartas de congratulação e aplauso”, tendo o autor citado nomes como o presidente do conselho de ministros conselheiros, José Luciano de Castro, entre muitos outros. Alfredo da Cunha salienta ainda o facto de a Câmara Municipal de Lisboa lhe ter prestado também uma homenagem, dando o seu nome como designação à antiga rua dos Cardeais de Jesus, onde o jornalista vivera grande parte da sua vida. “A ideia de se perpetuar a memória de Eduardo Coelho para que a todos, letrados ou iletrados, o seu nome ficasse recordado como o de um verdadeiro benemérito da pátria, foi lançada como semente fecunda no espírito público por ocasião da morte do popular jornalista, e germinou enfim no coração dos seus amigos mais devotados”, diz o autor. No dia da inauguração do monumento erigido a Eduardo Coelho e, como naturalmente não podia deixar de ser, o Diário de Notícias publicou um grande número de homenagem ao seu fundador. Alfredo da Cunha considerou ainda curioso relembrar quais os periódicos que primeiro ou mais especialmente se subordinaram na imprensa portuguesa a intuitos análogos aos do jornal de que Eduardo Coelho foi o iniciador. A «Gazeta» foi um exemplo disso. Era um periódico noticioso ou de informações que surgiu em 1641, cujo seu título indicava bem expressivamente “Gazeta em que se relatam as novas todas que se ouvem nesta corte e que vieram de várias partes no mês de Novembro de 1641”. O autor relatou ainda que houve em Lisboa uma outra folha, O Dez Réis, que era um jornal de Utilidade, em cuja cabeça se via gravada uma moeda deste valor, e que se começou a publicar a 1 de Janeiro de 1841, durando até 25 de Outubro e, sendo depois dessa data continuada pelo Jornal de Utilidade Publica, que durou até 31 de Dezembro de 1846. Outro jornal diário de carácter popular, primitivamente do preço de dez réis, mais antigo e que mais aceitação e duração teve, foi o Periódico dos Pobres, de Lisboa, cartista que viveu desde 30 de Setembro de 1826 até 15 de Outubro de 1846, sendo de quatro páginas, de formato aproximado ao primitivo do Diário de Notícias, e custando, a princípio, 10 réis. No entanto Alfredo da Cunha referiu que o jornal que bateu o recorde por ser o mais baráto no século XIX foi o Cinco Réis, folha de notícias e anúncios, que durou apenas de 1 de Abril a 7 de Agosto de 1843, publicando-se em Lisboa. Este era de quatro páginas e continha várias secções tais como: Parte Oficial, Exterior, Noticias Diversas, Anúncios, Espectáculos, entre outras.

Refira-se que ao longo do livro, em vários momentos Alfredo da Cunha relembra aspectos particulares e peculiares da imprensa em Portugal. O autor explica também por diversas vezes a evolução que o jornalismo foi sofrendo. Ou seja, por parte de quem (Eduardo Coelho foi um dos nomes), o quê (primeiro jornal a dispor de um sistema organizado e avançado de obtenção de informação) e, onde (Diário de Notícias), aclarando assim o modo como essas evoluções iam acontecendo ao longo das décadas. Para além disso são também diversas as ilustrações que o autor faz do tema que está a retratar, usando imagens, fotografias de aspectos ou características do Diário de Notícias, como por exemplo do carro alegórico do jornal, de um certificado de participação no Primeiro Congresso Pedagógico realizado em Lisboa, de fachadas de casas onde o Diário de Notícias praticava actos de solidariedade, imagens das transformações efectuadas no cabeçalho do jornal, desenhos figurativos, reproduções de quadros de azulejos existentes nos escritórios do jornal, esculturas de algum modo relacionadas com a empresa do DN, sendo dos mais variados temas, projectos de ilustração para publicações especificas, páginas com inovações e termos quer de conteúdo, quer de formatação, imagem dos primeiros números do Diário de Notícias com 12 e 24 páginas, caricaturas e fachadas do edifício da empresa, entre muitos outros factores que o autor usou para explicar e comprovar aquilo que ia dizendo. Durante o seu livro, Alfredo da Cunha incluiu várias vezes testemunhos referentes a temas variados, escritos pelo próprio Eduardo Coelho. Durante a sua obra o autor não quis deixar de referir a introdução no Diário de Notícias de 2 novos géneros jornalísticos: o editorial e as grandes reportagens, explicando que o primeiro editorial havia surgido em 1868 na rubrica “Assunto do Dia”. O autor refere que as primeiras grandes reportagens que foram feitas cobriram acontecimentos como por exemplos incêndios no Porto e em Lisboa ou acidentes quotidianos.

É deste modo e, com esta obra, que Alfredo da Cunha presta uma sentida homenagem a Eduardo Coelho, por ter sido então o responsável pela fundação do Diário de Notícias e pela evolução no mundo da imprensa a nível nacional. Eduardo Coelho é agora recordado pela sua vocação jornalística e literária, bem como pela sua acérrima luta pela dignificação do jornalismo a nível mundial.

Autor (nome completo): Diana Isabel Campos Ferreira

N.º de matrícula na UFP: 13536

E-mail: dianacampos.ferreira@gmail.com