Azevedo, Luís (1644)
AZEVEDO, Luís Marinho (1644). Apologia militar en defensa de la victoria de Montijo contra las relaciones de Castilla, y gazeta de Genoba, que la calumniaron mordaces, y la usurpan maliciosas.
Autor: AZEVEDO , Luís Mariño de [AZEVEDO, Luís Marinho de]
Ano de elaboração (caso não coincida com ano de publicação)
Ano de publicação/impressão: 1644
Título completo da obra: Apologia Militar En Defensa de la Victoria de Montijo Contra las Relaciones de Castilla, y Gazeta de Genoba, que Culmniaron Mordaces, y la Usurparan Maliciosas.
Tema principal: Conjuntura jornalística
Local de edição: Lisboa
Editora (ou tipografia, caso não exista editora): En la Emprenta de Lorenço de Anveres (Imprensa de Lourenço de Anvers)
Número de páginas
24
Cota na Biblioteca Nacional e eventualmente noutras bibliotecas públicas
Biblioteca: Biblioteca Nacional Digital
Cotas: http://purl.pt/12512
Esboço biográfico sobre o autor ou autores (nascimento, morte, profissão, etc.)
São escassas as informações que se tem acerca do autor desta Apologia, apenas se sabe que foi um escritor e militar Português que viveu no século XVII.
Índice da obra: [Não tem índice.]
A defesa da vitória Portuguesa e as contestações de Castela: pp.1-2
Portugal vs Castela: Diferentes Exércitos: pp. 3-4
A viagem para o campo de Batalha: pp. 5-7
Descrição da Guerra : pp. 8-13
As calúnias dos Castelhanos e a retaliação do autor na Defesa de Portugal: pp. 14- 15
As calúnias da Gazeta de Genoba: pp. 16- 18
A Exalatação por parte do autor ao Barão de Mulinguen pp. 18-19
Outras batalhas Históricas pp. 19-20
Organizar o exército pp. 20-21
As últimas “palavras” dos Castellanos aos Portugueses p.21
Detalhes finais da guerra p.22
Homenagem aos guerreiros Portugueses p. 23
Apontamentos históricos das Monarquias Portuguesa e Catellana p.24
Resumo da obra (linhas mestras)
Nesta apologia, Luis Mariño [Marinho] de Azevedo procura afirmar a vitória Portuguesa na batalha do Montijo, travada entre Portugueses e Catelhanos durante a Guerra da Restauração. Para isso, procura defender-se daquilo que diz serem calúnias ditas por Castela e publicadas na Gazeta de Genoba, que apoiava os Castelhanos. Como o próprio autor diz, Portugal foi o vencedor da batalha e como tal tem direito à sua reputação por o ter feito, embora os espanhóis insistam no contrário: “A defesa é coisa natural, e sabem os portugueses fazê-la com a espada e com a pluma, sustentando com as armas a justiça e com as letras o direito que dela emerge”. Escreve, portanto, Luís Marinho de Azevedo (1644):
“Não há coisa no mundo mais poderosa do que a verdade. (…) Querer obscurecê-la com uma mentira é como tapar a luz do sol com uma pequena nuvem. (…) Mas quis a política humana que fosse mais sustentável colorir uma mentira do que acreditar numa verdade (…), apesar de contra esta não prevalecerem, na opinião de Séneca, artifícios retóricos, palavras artificiais nem relações sofísticas. Destas usou sempre Castela para vulgarizar as mentiras que publica e as verdades que oculta com dialogismos e admoestações loquazes. (…)
Nasceu a verdade nua (…) e os vestidos com que a quiseram adornar (…) só servem de remendos (…), como sucedeu com as relações [itálico nosso] que imprimiu Castela. (…) Publicou Castela que se havia levantado o sítio (…) como sempre faz quando toma alguma praça, mas procura sempre desmentir as perdas consideráveis (…), distraindo o povo com relações ridículas para que este não sinta [essas perdas]. E ainda que um político tenha dito que não há ofensas que mais se devam ignorar que as das línguas, penas e imprecisões, para nos podermos empenhar em defendermo-nos de outras maiores, por justiça se antepõem as nossas verdades às suas [de Castela] mentiras; nossa sinceridade aos seus enganos; nossa circunspecção aos seus embustes. (…) Querem os castelhanos torcer e adulterar a verdade como sempre fizeram (…). E ainda que o sargento-mor Dom António Pardo, que foi autor da relação que se imprimiu em Sevilha, [tenha dito algumas verdades], ocultou a maior parte, para não deslustrar a reputação de Castela. (…) E que assombração provocou António Pardo ao que escreve gazetas em Génova (…) para este dizer disparates sem pés nem cabeça e escrever mentiras (…), falseando (…) a verdade. Porque tudo (…) o (…) gazeteiro genovês escreve ao contrário. (…) Poderiam os senhores genoveses manter a neutralidade. (…) Se o autor da gazeta [genovesa] dissesse o seu nome poder-se-lhe-iam esgrimir os nossos argumentos (…). Gastem muita arrogância os castelhanos nas suas relações e dêem os genoveses muitas falsidades nas suas gazetas que apesar disso do dito ao feito vai grande distância (…) apesar das relações caluniosas escritas com penas mendigantes.”
O autor critica, portanto, Castela por querer adulterar a verdade, usando gazetas para propagandear mentiras: “Querem os castelhanos torcer e adulterar a verdade (como sempre o fazem), atribuindo-se a glória de uma vitória que foi nossa.” (p. 14).
Também a Gazeta de Genoba, conforme se nota pelas palavras do autor, publicou algumas inverdades contra Portugal, refutadas por Azevedo, que por sua vez acusa os genoveses de não saberem conservar a neutralidade nem manter um comportamento brioso.
Autor (nome completo): Joana Cristina Pinto Da Silva
E-mail: 17957@ufp.pt