Silva, R. (1968)
SILVA, Rola (1968). A Censura: Consequências Marginais.
Autor(es): ROLA, Silva
Ano de elaboração (caso não coincida com ano de publicação): 1968
Ano de publicação/impressão: 1969
Título completo da obra: A Censura: Consequências Marginais
Tema principal: Liberdade de Imprensa
Local de edição: Luanda
Editora (ou tipografia, caso não exista editora): Neográfica, Lda.
Número de páginas: 179
Cota na Biblioteca Nacional e eventualmente noutras bibliotecas públicas
Biblioteca: Biblioteca Nacional
Cotas: SC 38052V
Biblioteca: Biblioteca Pública Municipal do Porto
Cotas: X7-10-42
Esboço biográfico sobre o autor ou autores (nascimento, morte, profissão, etc.)
Henrique Carlos Rola da Silva é natural de Luanda. Licenciado pelo Instituto de Ciências Sociais e Política Ultramarina. Funcionário aposentado, tendo servido nas Alfândegas, Finanças, Educação e Economia.
Índice da obra
Capítulo I
Antes de fazer: pp. 5-8
Génese: pp. 9-11
Os factos: pp. 12
Capítulo II
Cortes vários: p. 14
Napoleões e napolionices pp.15-16
As visitas papais: pp.17-18
A falta, em concreto: pp. 19-20
Antes que Deus se esqueça: pp. 21-22
Verdade e censura: pp. 23-24
Ievtuchenko: lá como cá: pp. 25-26
Assim vai a vida: pp. 27-28
Defesa… e não defesa: pp.29-30
Dizer bem, dizer mal (cont.): pp. 31-32
Coisa rara: pp. 33-34
A mania dos combates: pp. 35-36
Passagens e câmbios: pp. 37-38
Viva o descanço: pp.39-40
Depoimento dum suposto Eusébio: pp. 41-43
Bons exemplos: p. 44
Religião: respondendo a leitores: pp.45-46
Nós e a previdência: pp. 47-48
Duas frentes: pp. 49-50
O funcionar do funcionalismo: pp. 51-52
Para bem se avaliarem as ideias: pp. 53-54
A medida do louvor: pp. 55-56
Salazarismo e Marcellismo: pp. 57-58
Exames de aptidão: pp. 59-60
Duas cartas: pp. 61-62
O dever cívico só é dever… quando é devido: pp. 63-64
Cá e lá: pp.65-66
Fervor religioso: p. 67
Grão a grão: p. 68
Capítulo III
Capítulo do humor: p. 69
Anjo à experiência: pp. 70-72
A moda das bombeirais: pp. 73-76
M. Bandeira e toponímia: pp. 77-78
Diário de um nascituro: pp. 79-80
A raça e um galo: pp. 81-82
Do arreganhar da taxa: pp. 83-84
De sociedade com Ramalho: p. 85-87
Capítulo IV
Distonia entre censura e posição do Governo: pp. 88-89
A procura de “tacho”: pp. 90-92
Para ponderação de quem tem a cabeça em perigo: pp. 93-94
A nossa constituição: pp.95-96
A “psico”: pp. 97-98
Colonização e colonialismo: p. 99
Capítulo V
Cortes parciais: p. 102
O médico do mato: pp. 103-104
Auxiliando o liceu: pp.105-106
Não é bem assim: pp. 107-108
Gostar de cães, gostar de homens: pp. 109-110
“Canicultura”: pp. 111-112
O perigo amarelo: pp. 113-114
Outros tempos, outros reis: pp. 115-116
A propósito de uma carta mistério: pp. 117-118
Domingo: pp. 119-120
Aconteceu desnecessariamente: pp. 121-122
Facto de assinalar: pp. 123-124
Das populações autóctones e do direito: pp. 125-126
Da ideia à realidade: pp. 127-130
Capítulo VI
Censura particular: pp. 131-132
Feitios: pp. 133-134
Corte, corte: pp. 135-136
Capítulo VII
Censura “ante-prévia”: pp. 137-138
Para um verdadeiro governo do povo: pp. 139-140
Para um verdadeiro governo do poso (II): pp.141-142
Para um verdadeiro governo do povo (III): pp. 143-144
Para um verdadeiro governo do povo (IV) pp. 145-146
Capítulo VIII
Violação dos preceitos constitucionais: pp. 147-148
Má administração e má justiça: pp. 149-151
Esclarecimento do Cofre de Previdência dos Funcionários Públicos: pp. 152-153
Confirmando a má justiça: pp. 154-157
Capítulo IX
Pecadores nos confessamos: p. 158
Ironia: pp. 159-160
Da força e do seu uso: 161-162
Com ajuda alheia: pp.163-164
Capítulo X
O que é “essencial”?: pp.165-166
Relacionando em dia para a mãe: pp.167-168
Elogio do sabão: pp. 169-170
Esperando: pp. 171-172
Cata-vento: pp. 173-174
Patuleias na previdência: pp. 175-176
A monarquia dos copos: pp. 177-178
Com muitas desculpas – o problema não é esse: p. 179
Resumo da obra (linhas mestras)
Silva Rola procura, neste livro, marcar a sua posição face à censura, preocupado com o prestígio da profissão de jornalista (p.8), numa altura em que, em pleno governo de Marcelo Caetano, se antevia a adopção de uma nova lei de imprensa.
Para o autor, a censura era um “instrumento de utilidade duvidosa” (p.6), pois os censores tendiam, baseando-se na Lei de Imprensa, a “fazerem o que muito bem entendiam” (p.6), com arbitrariedade.
Para sustentar a sua posição, o autor narra, ao longo da obra, diversos episódios caricatos da acção dos censores.
O livro é na sua essência, um protesto contra a censura, auto-caracterizado como “corajoso” (p.13); um protesto contra a arbitrariedade dos censores, que fariam “mal” a Portugal (p.13) e destruíram a credibilidade e prestígio do jornalismo português.
A partir do capítulo II, o autor insere textos que foram censurados, e que constam do índice, indicando as partes censuradas, opção que, no seu entender, sustenta o seu protesto contra a arbitrariedade dos censores, cujos cortes prejudicaram o autor, o jornalismo e o país.
Autor: Mauro Marques
E-mail: 18123@ufp.pt