Autor Anónimo (1821)

AUTOR ANÓNIMO (1821). O Acólito Contra o Exorcista que Levou a Caldeirinha, e o Hisope para Exorcizar a Praga Periodiqueira que Graçou em Lisboa.

Autor

Autor Anónimo

Ano de elaboração (caso não coincida com ano de publicação)

Ano de publicação/impressão

1821

Título completo da obra

O Acólito Contra o Exorcista que Levou a Caldeirinha e o Hysope para Exorcizar a Praga Periodiqueira que Graçava em Lisboa

Tema principal

Liberdade de Imprensa

Local de edição

Lisboa

Editora (ou tipografia, caso não exista editora)

Nova Impressão da Viúva Neves e Filhos.

Número de páginas

11

Cota na Biblioteca Nacional e eventualmente noutras bibliotecas públicas

Biblioteca: Biblioteca Municipal do Porto

Cotas: S2 – 1 – 105 (3,5)

Biblioteca: Biblioteca Nacional Digital

Cotas: http://purl.pt/6650

Esboço biográfico sobre o autor ou autores (nascimento, morte, profissão, etc.)

Índice da obra

[Não tem índice]

1. Chegada de um eclesiástico anticonstitucional à freguesia de Povos com o objectivo de obter material para ir a Lisboa exorcizar a “praga periodiqueira”

2. Viagem do eclesiástico com o sacristão

3. Regresso do sacristão, que se queixa de ter sido enganado pelo eclesiástico anticosntitucional

Resumo da obra (linhas mestras)

Nesta obra, narrada por um acólito (sacristão), relata-se a sua viagem com um exorcista até Lisboa, com o propósito de acabar com a praga periodiqueira instalada na Capital, devido à implantação da Constituição e numa altura em que a Inquisição já não actuava.

O sacristão (acólito) era natural da freguesia de Povos e trabalhava ao serviço de Deus e do Cura que pregava na sua Freguesia. Tal rotina teria sido quebrada com a chega de um eclesiástico, que se dirigira à freguesia de Povos com o objectivo de obter materiais para acabar com a praga peridioqueira que, graças à Constituição, grassava em Lisboa. O ecelsiástico dirige-se junto do Cura e pede que junto com a Estola roxa, a Caldeirinha e o Hysope, mande consigo também o sacristão.

Depois de obter os materiais necessário para exorcizar, o Eclesiástico parte, juntamente com o sacristão, rumo a Almada. Ao longo do caminho, a cavalo num jumento, as duas personagens estabelecem um diálogo, onde se verifica o desgosto por parte do eclesiástico pela liberdade de expressão que se consentia com a implantação da Constituição, algo que o atormentava. Disse, portanto, assim ao sacristão: “Eu não excomungo o pulgão, excomungo-te a ti, por me falares no nome desses periódicos”. (p. 6)

Entretanto pelo caminho, em Vila Franca, o sacristão vê-se obrigado a exorcizar devido ao exame de abelhas que atacou o eclesiástico. Perante as circunstâncias e devido aos ferimentos que o eclesiástico possuía, estes vêm-se obrigados a interromper a sua viagem e recorreram a um barbeiro para que o pudesse remediar. À medida que o barbeiro ia fazendo os curativos, o eclesiástico e o sacristão explicaram ao barbeiro o propósito da sua viagem. Nessa altura, o eclesiástico afirma ser um anticonstitucional. Depois de feitos os curativos, o sacristão manifesta vontade de abandonar o eclesiástico e a missão de acabar com a praga periodiqueira.

O eclesiástico segue o seu caminho rumo a Lisboa para exorcizar e acabar com as bruxas que lá se encontravam, devido à falta da Inquisição. O sacristão dirige-se para sua casa, onde vai ao encontro do cura, levando consigo o material que este tivera emprestado ao Eclesiástico.

A narração termina com a ida do sacristão para casa do cura, onde iria contar a sua aventura em conjunto com o exorcista anti – constitucional.

Autor (nome completo): Sílvia Botelho

E-mail: silvia_291089@hotmail.com