Ferro, A. (1950)

FERRO, António (1950). Problemas da Rádio 1941-1950.

Autor: FERRO, António

Ano de elaboração (caso não coincida com ano de publicação: 1941-1950

Ano de publicação/impressão: 1950

Título completo da obra: Problemas da Rádio 1941-1950.

Tema PRINCIPAL: Teoria do Jornalismo

Local de edição: Lisboa

Editora (ou tipografia, caso não exista editora): Edições SNI Lisboa

Número de páginas: 102

Cota na Biblioteca Nacional e noutras bibliotecas públicas

Cota da Biblioteca Nacional: S.C.16053P.

Cota da Biblioteca Pública Municipal do Porto: J6-10-17

Esboço biográfico sobre o autor ou autores (nascimento, morte, profissão, etc.)

Nasceu em Lisboa a 1895. Foi o principal arquitecto da propaganda Salazarista no início do Estado Novo, na qualidade de director do SNI.

Índice da obra (caso exista)

1º Capítulo – Homenagem á memória de Duarte Pacheco, criador da emissora nacional (p.5-12)

2º Capítulo – Programa sem programa (p.13-30)

3º Capítulo – Programa com programa (p.31-44)

4º Capítulo – A primeira festa da rádio (p.45-60)

5º Capítulo – Politica Nacional da Rádio (p.61-70)

6º Capítulo – Experiência falhada (p.71-80)

7º Capítulo – Inauguração de um novo emissor (p.81-86)

8º Capítulo – Dois aniversários (p.87-96)

9º Capítulo – O gabinete de estudos Musicais (p.97-103)

Resumo da obra (linhas mestras)

Este livro é baseado em vários discursos proferidos pelo autor, António Ferro, durante a época Salazarista.

No primeiro capítulo, o autor faz uma breve homenagem ao criador da Emissora Nacional, Duarte Pacheco. Lemos nestas páginas as palavras elogiosas que, sobre Duarte Pacheco, foram pronunciadas ao microfone da Emissora Nacional por António Ferro, em 17 de Novembro de 1943.

O segundo capítulo, intitulado “Programa sem programa”, corresponde ao discurso do autor pronunciado no acto de posse no gabinete do ministro das Obras Públicas, em 12 de Junho de 1941. Neste capítulo, o autor interroga-se sobre se a Emissora Nacional deveria tentar agradar, ou não, à população, e qual o preço a pagar pela decisão tomada. Ferro revela, em consequência, a sua aposta numa rádio dinâmica, que eduque a população e o seu ouvido e dê voz a Portugal, mas que também não aborreça o ouvinte, sendo crucial existir empatia entre locutor e ouvinte.

No terceiro capítulo, intitulado “Programa Com Programa”, são relatadas as palavras pronunciadas ao microfone da Emissora Nacional em Junho de 1942. Diz que o grande drama da rádio é nunca conseguir abranger e agradar a todos os ouvintes. A escolha dos programas torna-se, assim, de acordo com António Ferro, um momento de dúvida.

“A Primeira Festa da Rádio”, título do quarto capítulo, reporta-se a um discurso do autor no Teatro de São Luís, na primeira festa da Rádio, em 19 de Junho de 1942. Neste, a festa é justificada como uma tentativa de balanço dos valores da Rádio. No quinto capítulo, “Politica Nacional da Rádio”, o autor faz referência às palavras pronunciadas na inauguração do “Estúdio” da Emissora regional do Norte, a 16 de Julho de 1943. Na inauguração dos estúdios e serviços administrativos da emissora regional do norte, o autor afirma que esse acto é “um grande passo para a comunicação na região norte do País”. Para ele, o novo estúdio “vem assim tentar minimizar a falta de apoio que de que os nortenhos se queixavam”.

Nos últimos capítulos, o autor faz referência à evolução da Emissora Nacional. Diz também que devido a essa mesma evolução, dentro de pouco tempo (estava-se em 1950) seria possível ouvi-la por todo o País e, mais tarde, graças à inauguração de um emissor de Ondas Curtas em Barcarena, nos países onde habitam grande número de portugueses e nas colónias, pois, para Ferro, “é necessário que a rádio portuguesa também se universalize, que se ouça em todo o mundo como a expressão mais alta do que pensa e do que sente Portugal”. Além disso, diz Ferro, a rádio em ondas curtas tem ainda o papel de ligar “os Portugueses dispersos de todo o mundo” sendo “o elo da grande família do Império português”, informando e entretendo.

O autor salienta que, na sua opinião, a Emissora Nacional foi “o grande arauto da vida portuguesa”. Exclama, ainda, que “todas as nossas alegrias e tristezas têm passado através dos seus microfones: horas de apoteose e horas de luta, momentos de certeza e momentos de dúvida”.

Para António Ferro, “seria longa a exposição de tudo quanto a Emissora Nacional tem feito para dar expressão e voz à alma do País, para elevar o seu nível”.

Nome completo do autor da ficha bibliográfica: Isabel Maria Figueiredo Pereira dos Santos

E-mail: ufp6787@hotmail.com