Nogueira, H. (1945)

NOGUEIRA, Henrique (1945). Jornalismo Médico e Publicidade. Separata Jornal do Médico, 5.

Autor: NOGUEIRA, Henrique

Ano de elaboração (caso não coincida com ano de publicação)

Ano de publicação/impressão: 1945

Título completo da obra: Jornalismo Médico e Publicidade. Comunicação à «I Reunião de Jornalistas Médicos». Separata Jornal Médico, 5

Tema principal: Conjuntura Jornalística

Local de edição: Porto

Editora (ou tipografia, caso não exista editora): Costa Carregal

Número de páginas: 6

Cota na Biblioteca Nacional e eventualmente noutras bibliotecas públicas

Cota na Biblioteca Nacional: S.A. 24864//36 P.

Esboço biográfico sobre o autor

[Não encontradas informações. Provavelmente trata-se de um médico e/ou de um editor de jornais médicos.]

Índice da obra

[Não tem índice]

Resumo da obra (linhas mestras)

Henrique Nogueira critica a decisão dos laboratórios médicos espanhóis começarem a editar revistas, suprimindo ou diminuindo a inserção de anúncios noutros meios jornalísticos, designadamente nos jornais médicos, e faz uma analogia à situação vivida pelos jornais médicos portugueses. Escreve o autor: “ laboratórios de especialidades estrangeiras e alguns nacionais encontraram no nosso país facilidades (…) para editar revistas que distribuem massiva e gratuitamente a todos os médicos de Espanha (…) cultivando o terreno científico e noticioso – profissional próprio das nossas revistas.” (p. 1)

Henrique Nogueira alerta para a perda de publicidade nos jornais médicos e sobre o papel que as publicações dos laboratórios farmacêuticos desempenham no meio noticioso: “a primeira medida que estes laboratórios editores de revistas gratuitas adoptam é a de suprimir a publicidade nas nossas revistas (…) e assim podem actuar no terreno da propaganda (…) e escapar à regulamentação oficial a que as nossas revistas estão submetidas”. (p. 2) O autor é peremptório a distinguir o jornalismo médico das publicações dos laboratórios farmacêuticos, uma vez que “tais revistas não são revistas médicas: são «propaganda» e obtêm autorização como se fossem inocentes órgãos de propaganda, sendo verdadeiras revistas gerais”. (p. 3)

Um dos motivos para o sucesso das revistas dos laboratórios farmacêuticos, segundo o autor, reside na remuneração dos autores dos artigos, ao contrário do que sucede nas revistas médicas, já que, como explica, “os trabalhos científicos originais [não pagos] comunicam directamente as investigações a que procedem, divulgando-as e a valorização em dinheiro não lhes interessa, nem seria nunca apropriado” (p. 4). A questão que o autor coloca ao Estado Espanhol é se as revistas de carácter médico devem ser feitas por médicos ou pelos fabricantes de medicamentos, que são parte interessada na sua promoção e venda.

Nome do autor da ficha bibliográfica: Nair Silva

E-mail: nair.silva@gmail.com