Costa, F. (1963)

COSTA, Francisco Alberto Arruda Carneiro (1963). No Primeiro Centenário da Introdução do Jornalismo e da Imprensa em Vila Franca do Campo. Separata de Insulana, n.º 17.

Autor: COSTA, Francisco Alberto Arruda Carreiro da

Ano de elaboração: 1961

Ano de publicação/impressão: 1963

Título completo das obras: No 1º Centenário da Introdução do Jornalismo e da Imprensa em Vila Franca do Campo. Também resume a obra intitulada Comemoração do Primeiro Século de Jornalismo de Vila Franca do Campo, que é idêntica à sumariada.

Tema PRINCIPAL: História do Jornalismo

Local de edição: Ponta Delgada

Editora (ou tipografia, caso não exista editora): Oficinas Topográficas do Diário dos Açores (separata da revista Insvlana, orgão do Instituto Cultural de Ponta Delgada vol. XVII – 2º Semestre, 1961)

Número de páginas: 29

Cota na Biblioteca Nacional e noutras bibliotecas públicas

Cota na Biblioteca Nacional: P. 3121 V.

Cota na Biblioteca Pública Municipal do Porto: J 3 – 1 – 58 (27)

Índice da obra

[Não tem índice]

A vida em Vila Franca do Campo: pp. 5-14

O aparecimento e a história do jornalismo em Vila Franca do Campo no séc. XIX: pp. 15-23

A história do Jornalismo em Vila Franca do Campo na primeira metade do séc. XX: pp. 24-29

Resumo da obra (linhas mestras)

Nas primeiras páginas do livro, Francisco Alberto Arruda Carreiro da Costa evoca a vida que se levava em Vila Franca do Campo um século antes (séc. XIX), quando surgiu O Vilafranquense, a 5 de Julho de 1861, tendo como editor José Maria Brasil. Seguidamente, o autor evoca algumas vicissitudes da vida do jornal, relembrando, por exemplo, a rivalidade entre esse periódico e os jornais de Ponta Delgada. Em seguida, o autor remete-nos para o fim de O Vilafranquense, após três anos de vida, a 26 de Maio de 1864. A partir daqui Francisco Arruda faz um apanhado de todos os jornais que existiram em Vila Franca do Campo, até ao final do século. Começa por lembrar o semanário A Convicção, nascido em Agosto do mesmo ano e tendo como editor João Moniz Machado, a quem mais tarde se junta João Moniz Pereira da Câmara. Este semanário desapareceu em Fevereiro seguinte, mas logo em Março aparece outro: O Concilidador que, depois de 51 números, era fechado pelo proprietário e responsável Guilherme Augusto Botelho. Durante três anos não houve jornal em Vila Franca do Campo. Só a 7 de Março de 1868, com o lançamento do Eco Vilafranquense, propriedade de Guilherme Botelho, é que a vila volta a ter um jornal, que logo se calou. E mais dois anos se passaram sem jornais na vila, até que surge, pela mão do editor José Medeiros Júnior, o Eco Civilizador, que durou três parcos meses. Mais tarde, a 11 de Junho de 1873, nasce o semanário político A República, tendo como redactor principal o Bacharel Francisco Félix Machado; ao fim de nove números extingue-se. Em seguida aparece, a 13 de Junho de 1874, uma folha satírica intitulada: O Chicote. O responsável era Baltazar Moniz. A folha não demorou um mês a cair. O autor recorda também A Liberdade, homónima de uma folha semanal política de Ponta Delgada, mas propriedade de João Jacinto Botelho, que possuía uma tipografia privativa. Com algumas interrupções, a publicação desta folha terá durado até 1914. Oito meses após o nascimento de A Liberdade, surge outro semanário político: A Voz do Povo. O seu redactor era António Ernesto Tavares de Andrade. A 15 de Janeiro de 1880 surge, de novo, o Eco Civilizador, ficando Vila Franca do Campo com três semanários. O Eco Civilizador e A Voz do Povo calam-se em Setembro e Julho seguintes, respectivamente. O autor evoca, em seguida, um jornal satírico que não terá tido mais do que um número publicado, provavelmente em 1885: O Azorrague. A 2 de Outubro de 1897, fundado por José Arruda, surge O Sul; a 27 de Agosto de 1898 surge O Autonómico, editado por António Rodrigues Carroca Júnior. E já no século XX, a 15 de Junho de 1902, aparece uma revista quinzenal intitulada: A Phenix. Era ilustrada e tinha como dirigentes o Dr. Urbano de Mendonça Dias e o Padre Ernesto Ferreira, como editor-gerente António Rodrigues Carroca Júnior e como colaborador frequente o Padre Manuel José Pires. Esta revista seria extinta em Março de 1904 para voltar a surgir em Junho seguinte, mas desta feita com um outro nome: A Vila, e tendo como redactores principais os mesmos Dr. Urbano de Mendonça Dias e Padre Ernesto Ferreira. Estes dois senhores lançariam, em 1906, um jornal quinzenal com o mesmo nome: A Vila. O autor refere, seguidamente, a implantação da República, a 5 de Outubro de 1910, e o lançamento do semanário A Pátria, apenas três semanas após a dita implantação e do qual Virgílio Silva era proprietário. A 19 de Dezembro de 1915 surge o primeiro boletim paroquial, que tinha por título A Crença; era dirigido pelo Padre Ernesto Ferreira e era propriedade do Padre João Melo Bulhões. Logo a seguir, a 25 de Dezembro, surge uma pequena revista literária, feita pelos estudantes do Instituto Vilafranquense sob a direcção do Dr. Urbano de Mendonça Dias, intitulada A Alvorada, da qual só saíram dois números. Mais tarde, a 23 de Junho de 1927, é lançado O Chorata, um jornal humorístico, propriedade de José Moniz de Medeiros, que pouco durou.

Em finais de 1930, António José Arruda Rodrigues Carroça lança o primeiro almanaque em Vila Franca do Campo, intitulado Almanaque S. Miguel para 1931, do qual apenas saíram dois números. O autor refere mais um jornal humorístico, propriedade de Félix Dias e chamado O Canta Claro, sem fazer referência à data de lançamento. Francisco Arruda lembra ainda o desaparecimento do semanário O Autonómico, por volta de 1943 e depois de ter sido tranplantado para Ponta Delgada. Por último o autor evoca o lançamento, em Março de 1957, do jornal A Vila, sob a direcção do Dr. Augusto Simas. À data em que este livro foi escrito, o jornal de Vila Franca do Campo é este A Vila. Francisco Arruda termina o livro elogiando a notável profusão de jornais e a vitalidade cultural de Vila Franca do Campo.

Nome completo do autor da ficha bibliográfica: Francisco Couto da Silva

E-mail: xikogogo@gmail.com